Porto, Paris, Póvoa de Varzim, Porto
Não ia mal se a coisa se tornasse uma espécie de ritual: trabalho (no Público, que acabou), conhecimento do mundo (Paris, percorrida) e semana de aquecimento (Correntes d’Escritas, desde hoje e até sábado); e novos voos. Um ciclo, onde o recomeço seria sempre mais alto. (A ver…)
Primeiro, que já não publico aqui há semanas, explicar – aos visitantes comuns deste sítio e do portal cultural que dirijo em comunidade com boa fatia dos melhores amigos que fiz no ciclo fechado – que o Rascunho.net não está morto, que sofreu de problemas técnicos que nos foram alheios e que aproveitamos para voltar a dá-lo ao mundo já com nova cara, a versão 3.0 em estado beta. (Esperamos que para o bem comum.)
Depois, sublinhar o que aprendi, de pequenino e com vontade, nos últimos meses, e que encontrei logo depois num livro (Rester vivant, Michel Houellebecq) comprado quase ao acaso na Bibliotheque François Mitterrand, em Paris: que a realidade, as pessoas que se tocam, a verdade a olho é infinitamente mais interessante que a ficção, que nunca a substitui. [Agradeço a recordação à Ana Cristina Pereira. E de novo, pela verdade que se perde de tão simples.]
em Fevereiro 14, 2008 em 10:22 am
“a verdade a olho é infinitamente mais interessante que a ficção”.
Na observação da verdade a olho perdes uma data de informação ficcionada importantíssima. E é esta que te faz gostar da realidade. Repara: O Hugo é meu amigo. Na verdade a olho o Hugo é só um gajo loiro com barba e mau feittio. O Hugo amigo é um produto híbrido – metade verdadeiro e metade ficcionado. Porque eu ficciono que em determinadas situações tu reagirás assim ou assado, mesmo que não o faças, e espero de ti coisas que poderás não fazer ou ser. As pessoas mitificam os outros e o mito torna-se indissociável do real.
Por isso, para mim, o Hugo não é totalmente real, senão seria uma seca.
Pronto, vou arranjar coisas para fazer. 🙂
em Fevereiro 14, 2008 em 11:46 am
mas não é disso que estamos a falar, ó louca e sonhadora. 😉
em Fevereiro 14, 2008 em 11:52 am
ai não? cá está, a verdade é uma seca. (eu numa tentativa de discussão filosófica num blog e recebo esta resposta. que raio…)